terça-feira, 6 de novembro de 2007

Medo

Sinto medo,
não o medo ancestral de homem.
Sinto medo,
de não querer ser feliz.
Medo de deixar de ser o crucificado,
para ser o menino.

Me faz paupável,
todos os sentimentos do céu.
Me faz presente,
toda a saudade do eterno.
Que antes a lembrança me doía,
Agora, me pertence.

Não acredite que estou certo
sobre se me pertence.
Mas por um instante
eu a tenho.

O sonho está morto.
Mas confesso que estou feliz
Pela sua partida.
Mas tenho medo de sentir saudade
de quando era apenas um sonhador.

Não fujas, motivo de tanta paz
de tanta beleza e rara alegria
Mas não se esqueça que sou criança
E não sei bem sobre as coisas do céu
Não sou anjo.
Também não sou homem,
sou criança.

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